Ser
o que você não é,
Cabelos
da puberdade escorrendo em teu nariz
Olhos
destroçados pelos sentimentos ambíguos
Homens
caminhando
Desfilando
seus rebolados
Um
eu catatônico remoendo braços
Pensando
em passados inexistentes
Cadê
aqueles que vivem comigo?
Como
está o eu que convive com este ser?
Chatice
demasiada? Pieguice total?
Nus
abstratos de uma pessoa que se
Despiu
completamente.
Fantasia
de um louco bêbado
Pensando
que pode ser qualquer coisa
Julgar
outrem de forma pitoresca percebendo
semelhanças
entre o nada e você, doer o que se sente
mesmo
sendo mentira
Imaginar
que sua competência é igual a dormir
Notadamente
o que você fala,
Sente
ou vê é ridículo.
A
morte é uma vivência abstrata
Lhe
dizem isso o tempo todo, certo
De
que você vai superar o nada
Mesmo
sabendo que sua concepção
De
qualquer coisa é certo ou
Errado
na perspectiva de que o
Que
eu penso é idiotice
Ser
você mesmo é uma forma
Que
outras pessoas hipócritas
Têm
de dizer que você é fraco,
Ou
que o proposto por você
Só
é vivenciado por aqueles que te querem;
E
que outrem fode com você,
depois
goza branca e puramente na sua cara, fingindo
que
nada é tão importante quanto ele
Cedo
é pensado que nascer contribui
para
uma vida patética.
(Março - 2012)
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