Sepulcros desenterrados
O fim de
semana chega (sexta à noite), e Orlando como sempre deseja sair com seus amigos
para curtir suas experiências desmesuradas, que acredita ser únicas, ou é
simplesmente a repetição de uma vida monótona.
No mesmo
local em que costuma beber a goles intensos as suas dolorosas, porém divertidas
experiências, nota uma pessoa que fez parte de um passado inominável, e um
presente indescritível. É Arthur, um homem cujo olhar lançado em Orlando,
consegue lhe fazer sentir um misto de sentimentos: desde um desejo
incontrolável de beijar os seus lábios adocicados até uma vontade de chorar
todas as suas mágoas e frustrações. Os dois não percebem o quanto as situações
mais corriqueiras transformam suas vidas em sofrimento e felicidade.
A partir
daquela noite em que se despediam de um amigo em comum, algo mudou
completamente, já não podia continuar a permanência de um passado
incompreendido. Logo após, Orlando e Arthur encontraram – se novamente e não
havia mais como negar, os dois se atraíam apenas pela necessidade de se tocarem
mais uma vez, e tentar entender que o que sentiam um pelo outro não mudara. E,
sim, o que haviam construído, um pelo outro, permanecera intacto. Orlando diz:
- Eu não
estou apaixonado por você, porque nada verdade Eu te amo! Pois, consegui
rejeitar qualquer tormenta para estar do seu lado.
E os olhos
de Arthur brilharam como se ele tivesse avistado a existência de um paraíso.
Em um sábado
com uma chuva daquelas que mesmo sem te tocar lavam seu âmago, os dois se
encontravam no apartamento de Arthur, a beber drinques e escutar canções
melancólicas que apenas aumentavam a cumplicidade daquelas duas almas, que
permaneciam unidas de alguma forma inexplicável.
Orlando e
Arthur continuam a buscar uma liberdade (em todas as possibilidades
significativas que surgem entre os dois), que por vezes é difícil de controlar,
mas, nela se encontram plenamente esse dois rapazes.
(04-09-2012)
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