terça-feira, 4 de setembro de 2012



Sepulcros desenterrados


O fim de semana chega (sexta à noite), e Orlando como sempre deseja sair com seus amigos para curtir suas experiências desmesuradas, que acredita ser únicas, ou é simplesmente a repetição de uma vida monótona.

No mesmo local em que costuma beber a goles intensos as suas dolorosas, porém divertidas experiências, nota uma pessoa que fez parte de um passado inominável, e um presente indescritível. É Arthur, um homem cujo olhar lançado em Orlando, consegue lhe fazer sentir um misto de sentimentos: desde um desejo incontrolável de beijar os seus lábios adocicados até uma vontade de chorar todas as suas mágoas e frustrações. Os dois não percebem o quanto as situações mais corriqueiras transformam suas vidas em sofrimento e felicidade.

A partir daquela noite em que se despediam de um amigo em comum, algo mudou completamente, já não podia continuar a permanência de um passado incompreendido. Logo após, Orlando e Arthur encontraram – se novamente e não havia mais como negar, os dois se atraíam apenas pela necessidade de se tocarem mais uma vez, e tentar entender que o que sentiam um pelo outro não mudara. E, sim, o que haviam construído, um pelo outro, permanecera intacto. Orlando diz:

- Eu não estou apaixonado por você, porque nada verdade Eu te amo! Pois, consegui rejeitar qualquer tormenta para estar do seu lado.

E os olhos de Arthur brilharam como se ele tivesse avistado a existência de um paraíso.

Em um sábado com uma chuva daquelas que mesmo sem te tocar lavam seu âmago, os dois se encontravam no apartamento de Arthur, a beber drinques e escutar canções melancólicas que apenas aumentavam a cumplicidade daquelas duas almas, que permaneciam unidas de alguma forma inexplicável.

Orlando e Arthur continuam a buscar uma liberdade (em todas as possibilidades significativas que surgem entre os dois), que por vezes é difícil de controlar, mas, nela se encontram plenamente esse dois rapazes.


(04-09-2012)

Nenhum comentário:

Postar um comentário