quarta-feira, 15 de junho de 2011

Relatório da Causa: Denúncia do abandono do prédio e conscientização da importância histórica da antiga alfândega de Aracaju




Histórico:

Para exercer o papel de arrecadadora da renda nas cobranças de impostos, em fevereiro de 1836, se dá a criação da Alfândega em Aracaju, transferindo-se logo, pelo Barão do Cotinguiba, no decorrer do mesmo ano, para a cidade de Laranjeiras, substituída mais tarde pela Barra dos Coqueiros, Porto das Redes, de volta para Barra dos Coqueiros, e por fim, através de um decreto em 1854, do presidente da Província Inácio Joaquim Barbosa, para o povoado de Aracaju, que um ano depois se tornaria a capital da Província.
O prédio da Alfândega, localizado na Praça General Valadão, no Centro Histórico de Aracaju, construído no ano de 1854 e reformado na primeira metade do século XX. Foi tombado pelo Governo do Estado através do decreto nº 21.765, de 09 de abril de 2003. Já em 2005, o edifício foi transferido da União para a Prefeitura de Aracaju.
Uma vistoria da Secretária de Patrimônio da União em Sergipe, realizada em abril de 2008, constatou o estado deplorável de conservação do prédio e a necessidade de reforma urgente. Em 2010, o Ministério Público Federal expediu uma recomendação para que o prédio da antiga Alfândega de Aracaju seja recuperado. A prefeitura de Aracaju anunciou alguns anos atrás que tem um projeto para transformar o prédio da Alfândega numa Casa de Cultura, com a construção de salas de teatro e cinema, cybercafé e espaço para exposição de arte, sem alterar sua conformação arquitetônica.
O presidente da Emurb prometeu ainda para o ano de 2010 o inicio das obras, porém, o ano de 2010 se foi, 2011 chegou e nada foi feito até o presente momento.

Objetivos:
Explicitar o estado deplorável do prédio da Alfândega de Aracaju, abandonado pela prefeitura. Denunciar entre as diversas redes sociais seu péssimo estado de conservação.
Retomar a discussão adormecida desde 2008, quando da última reunião com diversos setores da sociedade sergipana.
Posições:
Retomar a discussão adormecida desde 2008, quando da última reunião com diversos setores da sociedade sergipana.
Conscientizar a sociedade e a prefeitura de Aracaju, sobre a importância histórica do prédio da alfândega para Sergipe.
Que o MPF pressione o IPHAN pelo tombamento do antigo prédio da Alfândega como patrimônio nacional
Apresentação do projeto da prefeitura que transforma o prédio da antiga Alfândega em casa de cultura à sociedade Civil.
Reformar imediata do prédio, pois o mesmo se encontra em péssimo estado.

Para aprofundarmos nosso conhecimento sobre a história do Prédio da Antiga Alfândega, começamos nossa pesquisa na internet e no IHGS, buscando textos que relatassem sobre o histórico deste prédio. E, além disso, procuramos, novamente, na internet, textos que explicitassem o atual estado de abandono da Antiga Alfândega.
A partir dessas pesquisas, encontramos um artigo no qual é relatado que o Ministério Público Federal de Sergipe (MPF/SE), conclamava, através de uma Recomendação à Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), à Secretária de Cultura do Estado de Sergipe, ao superintendente do Patrimônio da União no estado de Sergipe e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a responsabilização do referidos órgãos pelo atual estado de abandono e depredação do patrimônio em questão.
Percebendo esta problemática, resolvemos ir ao MPF/SE para solicitar o documento citado acima e podermos entender melhor porque mesmo com esta ação, o Prédio da Antiga Alfândega continua num estado deplorável. Para termos acesso a este documento, foi necessário agendarmos uma audiência com o Procurador responsável pela Recomendação, feito isso, voltamos no dia em que foi marcada a audiência e conseguimos o documento, e além disso, dialogamos com o Procurador José Rômulo Silva Almeida, explicitando sobre o nosso trabalho da disciplina Temas de História de Sergipe II, e falando sobre a importância histórica do prédio e como foi importante este trabalho indicado pelo professor Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, para resgatarmos partes da história sergipana.
Consequentemente, decidimos, logo após a audiência com o Procurador, visitar o Prédio da Antiga Alfândega para visualizarmos se as recomendações do documento e se o compromisso firmado da PMA com o MPF/SE, em relação à manutenção do patrimônio estava sendo cumprido. Ao observarmos o prédio notamos que funções básicas, como “a colocação de tapumes no entorno do imóvel, para fins de isolamento total da área a ser restaurada, evitando-se depredações e roubos de materiais; colocação de uma cobertura provisória; e a completa limpeza interna do imóvel” que haviam sido recomendadas pelo MPF no documento, não estavam sendo realizadas. Estas situações, aliada aos fatores climáticos e ação de vândalos, contribuíram para que o Prédio da Antiga Alfândega esteja num estado de total abandono e depredação.
O Procurador José Rômulo nos informou que a União foi julgada e condenada a cuidar da reforma e manutenção do Prédio da Antiga Alfândega, porém, a PMA, em juízo, atribui a si a designações dadas a União, comprometendo-se com este patrimônio. Atualmente, segundo o Procurador, por questões burocráticas de licitações a PMA ainda está se organizando para a transformação do prédio, através de um projeto da mesma, numa Casa de Cultura; quanto a este projeto, não tivemos acesso.
Concluindo, nota-se que existe um sério descaso com estrutura física do Prédio da Antiga Alfândega, e ainda mais, que a Prefeitura Municipal de Aracaju relegou o prédio ao abandono, fazendo com que uma parte da história da cidade de Aracaju torne-se esquecida. E, deixando que um patrimônio tombado, diante de seu atual estado acabe ruindo. Isso mostra o quanto as autoridades sergipanas responsáveis não se preocupam em salvaguardar partes da nossa história.

Recomendação do MPF/SE acatada pela Prefeitura Municipal de Aracaju:


Colocação de tapumes no entorno do imóvel, para fins de isolamento total da área a ser restaurada, evitando-se depredações e roubos de materiais:







Colocação de uma cobertura provisória: 




A completa limpeza interna do imóvel:




Como vemos a Prefeitura Municipal de Aracaju, a cidade da qualidade de vida, cumpre todas as obrigações a que se propõe.
Fotos: Luiz Ferreira
Texto: Marcos Vicente

Recomendação do MPF/SE acatada pela Prefeitura Municipal de Aracaju:



Colocação de tapumes no entorno do imóvel, para fins de isolamento total da área a ser restaurada, evitando-se depredações e roubos de materiais:

Colocação de uma cobertura provisória:




A completa limpeza interna do imóvel:
Fotos: Luiz Ferreira
Como vemos a Prefeitura Municipal de Aracaju, a cidade da qualidade de vida, cumpre todas as obrigações a que se propõe.

Recomendação do Ministério Público Federal de Sergipe

O Ministério Público Federal, na pessoal do Procurador da República José Rômulo Silva Almeida, recomenda, não só a Prefeitura Municipal de Aracaju, mas também a Secretaria de Cultura do Estado de Sergipe e a União, a adoção de medidas necessárias a fim de executar as obras emergenciais para impedir, provisoriamente, uma deterioração ainda maior da que já está evidente, para tomar algumas medidas como: “a) a colocação de tapumes no entorno do imóvel, para fins de isolamento total da área a ser restaurada, evitando-se depredações e roubos de materiais; b) colocação de uma cobertura provisória: e c) a completa limpeza interna do imóvel”.
A área do prédio foi isolada, tanto para a conservação do mesmo, como para asseguras a integridade das pessoas que por ali trafegam, pois corriam risco, pois o telhado já começara a cair. O tapume já não protege mais o prédio, pois parte dele já caiu e o acesso ao mesmo agora é livre, aumentando o risco dos que entrarem ali e também a depredação do imóvel pelo os que entram.
A cobertura nunca foi colocada, segundo o próprio Procurador, pela prefeitura achar que sairia caro forrar o local. Pelo sim, pelo não, só sabemos que o telhando vai resistindo como dá, mostrando-se frágil em algumas partes que já caíram, não mais atrapalhando a luz do sol, ou mesmo as chuvas de adentarem o local e depredar ainda mais o prédio.
Quanto à limpeza, só pode ser uma piada. Há telhas de Eternit pelo chão, presa nas madeiras que ainda seguram o resto do telhado, pedaços de pedras e também fezes de pessoas que usam o seu interior como banheiro, mesmo porque, que eu me lembre não há banheiro público ali por perto. Ou seja, a limpeza já há algum tempo que não vem sendo feita. E olha que o MPF-SE deu trinta dias para que isso fosse feito, além da apresentação do projeto, que já foi entregue, além do cronograma das atividades que estão sendo feitas no local.
Para concluir, um prazo de noventa dias foi dado ao IPHAN para revisar a decisão que interferiu o tombamento federal do prédio, devido às reformas que resultaram em mudanças arquitetônicas ao imóvel, desde a sua construção. Essa recomendação foi emitida em 24 de fevereiro de 2010, mas nada, ou quase nada ainda foi feito. “Até quando esperar”?

De quem é culpa pela má conservação do Prédio da Antiga Alfândega?


Este prédio é de responsabilidade da União desde sua construção, em 1854, passando por sua primeira reforma na primeira metade do século XX, até a sua ultima reforma, no terceiro quarto deste mesmo século. Foi tombado pelo Decreto Estadual n° 21765 (fls. 156/157) de 09 de abril de 2003. Pouco menos de dois anos, em 18 de março de 2005, a Prefeitura de Aracaju formalizou um pedido de cessão do uso gratuito do prédio da Antiga Alfândega, a União que já há algum tempo tinha deixado o prédio de lado, aceitou de bom grado a oferta da PMA, em transforma-lo em um “Centro Cultural Interativo de Aracaju”, ficando a cabo da PMA a reforma e a procura por investimento para esse projeto, fixando um prazo de dois anos, depois da assinatura do contrato, para colocar o projeto em prática, ou seja, até o ano de 2007 para entregar o prédio reformado. Também no contrato, em sua cláusula sétima, a Prefeitura Municipal de Aracaju fica ainda “obrigada a zelar pelo bem cedido e realizar sua fiscalização, conservação e guarda”.
Mas o que aconteceu ao Prédio da Antiga Alfândega até agora (junho de 2011)? Nada! Nada aconteceu, ou melhor, aconteceu sim! O prédio está desocupado, entreguem ao tempo, ABANDONADO. Seu telhando já começou a cair, quase não há mais portas e janelas, e até a proteção, que antes o “protegia”, no chão está, pelo menos parte dela. Mas isso não é de agora, nos dias 15 e 16 de abril de 2008 a Secretaria de Patrimônio da União em Sergipe, “constatou que o referido bem, em seu conjunto, encontra-se [em] uma situação deplorável de conservação, necessitando uma reforma geral urgente, pois, no estado em que se encontra, coloca em risco a população que por ali transita diariamente”, ou seja, há mais de três anos que o prédio da Alfândega precisa de uma reforma geral urgente.
Mas então de quem é culpa pelo abandono do prédio? Segundo o próprio Procurador da República, José Rômulo Silva de Almeida, a culpa é da União, pois é a responsável direta pela atual má condição do prédio, pois como dito antes, é a União a “dona” do imóvel. A culpa é do Governo do Estado de Sergipe, já que o tombou e nenhuma melhoria foi feita, ou seja, não saíra do papel. E por último, mas não menos importante, da Prefeitura Municipal de Aracaju, por ter se comprometido junto à união para reformar esse prédio, que pelo contrato, era pra ter sido concluída em 2007. Com isso, tanto para o Procurador José Rômulo, quanto para nós, a Prefeitura de Aracaju, o Governo de Sergipe e a União são responsáveis pelo atual estado de conservação do Prédio da Antiga Alfândega, cabendo à reforma a PMA, por esta ter se comprometido em juízo.

Recomendação do MPF à PMA, à Secretária de Cultura do Estado de Sergipe, ao superintendente do Patrimônio da União no estado de Sergipe e ao IPHAN












Prédios históricos resistem ao tempo e são símbolos de Aracaju

Todos os textos enviados até agora, são de 2010, ou seja, desde Maio de 2010, há exatamente um ano, nada foi feito ainda para mudar a situação do prédio, nada. 

Aqueles noventa dias para a Prefeitura de Aracaju apresentar o projeto, já passa de 360... Mas no site da PMA diz: “Prédios históricos resistem ao tempo e são símbolos de Aracaju”. Resistirão até quando? E são símbolos de quê? Do descaso!?


Por Hádam Lima

Desde a disposição das ruas em formato de tabuleiro de xadrez, passando pelo advento dos arranha-céus, até os dias atuais, uma série de intervenções urbanísticas modificou a face de Aracaju. Com a sucessão das gerações de aracajuanos e de novos padrões arquitetônicos, várias construções tornaram-se símbolos da capital sergipana. Entre as que resistiram ao tempo e continuam na memória estão o edifício Estado de Sergipe, o prédio da antiga alfândega e o Palácio Serigy, que sucedeu o famoso ‘Cadeião'.


Palácio Serigy, que hoje abriga a Secretaria de Estado da Saúde, está situado no
mesmo local onde antes funcionava a Cadeia Pública de Sergipe
(Foto: André Moreira)


Localizado em frente à praça General Valadão, no Centro de Aracaju, o Palácio Serigy foi inaugurado em 28 de novembro de 1938, para abrigar as secretarias de Estado da Saúde e Agricultura. Sua arquitetura, conforme o historiador Amâncio Cardoso, segue o estilo Art Déco. "É um prédio grande, com linhas retas, arrojadas", diz o historiador, destacando que as características remetem ao regime ditatorial imposto pela Era Vargas (1930-45).

Mas os aracajuanos que têm idade mais avançada, ou os mais novos que conhecem bem a história do município, lembram mesmo é de uma outra edificação que também marcou época naquele local. Construída no final do século XIX, a Cadeia Pública de Sergipe, popularmente chamada de ‘Cadeião', prometia ser a primeira a pensar num moderno sistema prisional para a época. "Era algo que não existia em Aracaju", comenta Amâncio. Segundo ele, antes disso os presos ficavam alojados em casebres alugados.

"A idéia era que fosse uma reclusão com trabalho, que o criminoso fosse reinserido na sociedade através do trabalho, mas era algo feito com muita precariedade", coloca o historiador. Apesar de possuir os instrumentos e material humano necessários, o sistema prisional, considerado um dos mais inovadores para os padrões de segurança pública daquela época, não foi bem administrado e acabou extinto.

"A Cadeia foi derrubada, os presos foram transferidos para o presídio do bairro América, que era ainda mais moderno, e naquele local, alguns anos depois, construíram outro prédio do mesmo porte", diz o historiador. Assim surgiu o palácio Serigy, que atualmente abriga apenas a secretaria de Estado da Saúde.

Alfândega

Mais antigo dos três prédios, a antiga alfândega de Aracaju foi erguida na segunda metade do século XIX, também na Praça General Valadão. O episódio que a deixou mais conhecida aconteceu após o desembarque do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Dona Teresa Cristina, que chegaram a Sergipe no ano de 1860. "Foi ali no prédio da alfândega que ocorreu o baile durante a visita do imperador Dom Pedro e sua comitiva", afirma Amâncio Cardoso.

Prédio da antiga Alfândega (Foto: Alejandro Zambrana)

Com o tempo, o prédio passou à Receita Federal, foi reformado na segunda metade do século XX e veio a ser desativado após muitos anos, já no final do mesmo século. Em 2003, o Governo do Estado o tombou através do decreto n° 21.765. A Prefeitura de Aracaju tem um projeto para transformá-lo numa Casa da Cultura, com a construção de salas de teatro e cinema, cybercafé e espaço para exposição de arte, sem alterar sua conformação arquitetônica.

Edifício Estado de Sergipe

Em 1970 o aracajuano ganha um motivo a mais para ter orgulho de sua terra: a cidade passa a abrigar o edifício mais alto do Nordeste - posto que perde três anos depois. Batizado Edifício Estado de Sergipe, o prédio fica mais famoso como ‘Maria Feliciana', numa alusão à ilustre sergipana que àquela época era considerada a mulher mais alta do país. "Foi um dos primeiros modelos da arquitetura moderna em Aracaju", comenta Amâncio.

Amâncio Cardoso (Foto: Alejandro Zambrana)

Ainda hoje considerado o maior do Estado, o espigão de 28 andares e 96 metros de altura simboliza o início do período de desenvolvimento econômico de Sergipe. "Naquele período chegaram grandes empresas nacionais, como a Petrobras", lembra o historiador, explicando que o ‘Maria Feliciana' é composto por concreto armado e vidraças características da arquitetura moderna. Desde o seu lançamento, o edifício é ocupado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese) e por outras repartições públicas.

Edifício Maria Feliciana é o mais alto do Estado (Foto: André Moreira)

Aracaju vai ganhar primeira Casa da Cultura

Aracaju vai ganhar primeira Casa da Cultura


O antigo prédio da Alfândega, no Centro Histórico de Aracaju, vai se transformar em breve na primeira Casa da Cultura da cidade. O projeto básico, elaborado pela Prefeitura Municipal, está pronto e os recursos garantidos. A previsão é que a obra comece no segundo semestre deste ano.

A estrutura é tombada e por isso a edificação original, construída no século XIX, mais precisamente em 1856, será mantida. A proposta prevê a recuperação do prédio e a implantação de salas de teatro, cinema, áudio-visual, leitura, espaço multimídia, loja de suvenir e biblioteca. A Gerência do Patrimônio da União já garantiu a cessão do imóvel à Prefeitura de Aracaju.

O investimento estimado é de R$ 2 milhões. "O custo exato da obra só será definido depois que os projetos complementares, que incluem a parte elétrica e hidráulica, por exemplo, estiverem prontos", explica o secretário municipal de Planejamento, Dulcival Santana.

Metade desse valor será custeado pela Prefeitura e o restante dos recursos virá de um financiamento aprovado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O contrato está sendo analisado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Governo Federal e em seguida deverá ser encaminhado ao Senado para aprovação final.

Todo esse processo deve levar em média quatro meses. "Depois disso, o dinheiro será liberado. Queremos adiantar a conclusão dos projetos complementares e deixar a licitação encaminhada para que assim que estivermos com o dinheiro possamos iniciar a obra", antecipa Dulcival Santana.

Funcionamento

A Casa da Cultura deverá funcionar durante o dia e também à noite e aos fins de semana. No local, será possível a oferta de cursos e oficinas de artes, além da apresentação de grupos folclóricos, dança, teatro e cantores locais. A própria Prefeitura de Aracaju se encarregará da programação.

A intenção é criar um novo ponto de atração de turistas e oferecer à população local mais uma alternativa de lazer. A transformação da antiga Alfândega na Casa da Cultura também irá garantir a conservação do prédio, que, sendo um dos mais antigos da cidade, marca o início do processo de urbanização da capital sergipana.

Por não ter uso, a estrutura está bastante deteriorada. Ao longo de vários anos, o prédio foi alvo não só da ação do tempo, mas também de vândalos e arrombadores. "A Guarda Municipal tem que estar sempre de olho para evitar que levem janelas, telhas e outros materiais", conta o secretário de Planejamento.

Projeto

O projeto que prevê a transformação da antiga Alfândega na primeira Casa da Cultura da cidade está inserido em um projeto maior, voltado à modernização da cidade. Ao todo, serão investidos US$ 60,5 milhões, sendo metade fruto de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a outra parcela uma contrapartida da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).

Os recursos vão ser empregados em obras do Programa Procidades, com destaque para a abertura de uma grande avenida ligando o bairro Jardins ao conjunto Augusto Franco, passando pelo Inácio Barbosa; a construção de uma ponte sobre o rio Poxim e de um viaduto sobre a avenida Tancredo Neves; e melhorias infra-estruturais em bairros carentes da Zona Norte, como Getimana, Cidade Nova, Soledade e Olaria.

Fonte: Prefeitura de Aracaju
http://www.visitearacaju.com.br/interna.php?obj=cultura&var=601151

MPF/SE recomenda recuperação de prédio da Antiga Alfândega de Aracaju


O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) expediu uma recomendação para que o prédio da antiga Alfândega de Aracaju, localizado na praça General Valadão, seja recuperado. O documento foi enviado ao prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira; ao superintendente do Patrimônio da União em Sergipe, Waldemar Cunha; e, à secretária de Estado da Cultura Eloísa Galdino.
O procurador da República Rômulo Almeida, que assina a recomendação, pede ainda à superintendente em Sergipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Terezinha Oliva, que retome o pedido de tombamento federal do prédio. Todos terão prazo de dez dias para responder quais providências estão sendo tomadas para atender às recomendações do MPF. O cumprimento da recomendação, explica o procurador, não é obrigatório, todavia, caso a mesma não seja seguida, serão ajuizadas as ações judiciais necessárias à recuperação do bem.
Prédio
O imóvel que abrigou a Alfândega de Aracaju, erguido no início do século XX, embora tombado por Decreto Estadual, encontra-se em estado de total abandono. A sua importância histórica e cultural já foi atestada por membros do Conselho Estadual de Cultural que apontaram o prédio como um dos monumentos históricos de Sergipe, como informa a recomendação expedida pelo MPF.
As condições físicas do prédio também têm preocupado a população sergipana, exemplo disso é a representação feita por uma cidadã e recebida pelo MPF. Há também uma ação popular contra a União que já tramita na Justiça Federal sobre a situação de abandono do prédio.
Em março de 2005, a União, proprietária do imóvel, assinou um contrato de cessão de uso gratuito para o município de Aracaju, para implantação do Centro Cultural de Aracaju. O prazo dado para o início das obras era de dois anos. Um vistoria da Secretaria de Patrimônio da União em Sergipe, realizada em abril de 2008, porém, constatou o “estado deplorável de conservação” do prédio e a necessidade de reforma urgente.
Na última reunião realizada no MPF, no ano passado, o município de Aracaju informou que a execução do projeto de restauração depende de recursos que viriam de convênio a ser firmado entre o município e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Recomendação
Por conta disso, o MPF recomendou ao prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, ao superintendente do Patrimônio da União em Sergipe, Waldemar Cunha, e à secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, que adotem as medidas necessárias, em 30 dias, para executar obras emergenciais no prédio. Durante a obra, devem ser colocados tapumes em frente ao prédio para garantir sua integridade, e deve ser realizada a colocação de uma cobertura provisória e a limpeza do espaço interno.
Eles devem enviar também em prazo de 30 dias o projeto final de implantação do Centro Cultural de Aracaju. Em 180 dias, devem adotar as medidas necessárias para o início das obras de restauração, enviando ao MPF o cronograma de execução.
Tombamento federal
Apesar da importância histórica e cultural do imóvel, o Iphan indeferiu o pedido de tombamento federal do prédio da antiga Alfândega de Aracaju. Desta forma, o MPF recomenda ainda, à superintendente do órgão em Sergipe, Terezinha Oliva, que, no prazo de 90 dias, realize os estudos destinados à formulação de pedido de revisão da decisão que indeferiu o tombamento.

Fonte:  http://www.defender.org.br/mpfse-recomenda-recuperacao-de-predio-da-antiga-alfandega-de-aracaju/

PMA tem 90 dias para apresentar projeto do Antigo Prédio da Alfândega

Segundo Dulcival Santana, a Prefeitura montar uma casa da cultura, mas ainda faltam recursos...



Secretário de Planejamento irá trazer projeto de reforma em 90 dias
A Prefeitura de Aracaju tem 90 dias para apresentar o projeto de reforma do prédio da antiga Alfândega, na Praça General Valadão, além disso, deve apresentar os recursos necessários para a reforma. A decisão foi estabelecida em uma audiência na manhã desta segunda-feira, 24, entre o promotor de Meio Ambiente e Urbanismo Renê Erba e o secretário de Planejamento de Aracaju Dulcival Santana, no Ministério Público Estadual.


Segundo Dulcival Santana, a Prefeitura quer montar uma casa da cultura, mas ainda faltam recursos. “A Prefeitura está buscando recursos para financiar o projeto. São duas opções: uma é a través do BID e  outra seria através do IPHAN, no local seria implantada uma casa de cultura. Hoje nós estimamos que o projeto irá custar R$ 4 milhões”, disse.
Segundo o promotor de justiça Renê Erba, em uma nova audiência deve ser assinado o Termo de Ajustamento de Conduta. “Nós solicitamos os documentos que comprovem a reforma do prédio que é um imóvel histórico, depois dos 90 dias faremos uma nova audiência em que a Prefeitura de Aracaju deverá assinar o TAC”, contou.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Antiga Alfândega de Sergipe - "Clique para ampliar"


Fonte: Albúm Clodomir Silva

Participem de nossa causa, pois é importante para resgatar aspectos da história de Aracaju

Acesse o link:

http://www.causes.com/causes/604149-abandono-do-pr-dio-e-conscientiza-o-da-import-ncia-hist-rica-da-antiga-alf-ndega-de-aracaju/impact


Denúncia do abandono do prédio e conscientização da importância histórica da antiga alfândega de Aracaju

Para exercer o papel de arrecadadora da renda nas cobranças de impostos, em fevereiro de 1836, se dá a criação da Alfândega em Aracaju, transferindo-se logo, pelo Barão do Cotinguiba, no decorrer do mesmo ano, para a cidade de Laranjeiras, substituída mais tarde pela Barra dos Coqueiros, Porto das Redes, de volta para Barra dos Coqueiros, e por fim, através de um decreto em 1854, do presidente da Província Inácio Joaquim Barbosa, para o povoado de Aracaju, que um ano depois se tornaria a capital da Província.
O prédio da Alfândega, localizado na Praça General Valadão, no Centro Histórico de Aracaju, construído no ano de 1854 e reformado na primeira metade do século XX. Foi tombado pelo Governo do Estado através do decreto nº 21.765, de 09 de abril de 2003. Já em 2005, o edifício foi transferido da União para a Prefeitura de Aracaju.
Uma vistoria da Secretária de Patrimônio da União em Sergipe, realizada em abril de 2008, constatou o estado deplorável de conservação do prédio e a necessidade de reforma urgente. Em 2010, o Ministério Público Federal expediu uma recomendação para que o prédio da antiga Alfândega de Aracaju seja recuperado. A prefeitura de Aracaju anunciou alguns anos atrás que tem um projeto para transformar o prédio da Alfândega numa Casa de Cultura, com a construção de salas de teatro e cinema, cybercafé e espaço para exposição de arte, sem alterar sua conformação arquitetônica.
O presidente da Emurb prometeu ainda para o ano de 2010 o inicio das obras, porém, o ano de 2010 se foi, 2011 chegou, e nada foi feito até o presente momento.

Objetivos:

Explicitar o estado deplorável do prédio da Alfândega de Aracaju, abandonado pela prefeitura. Denunciar entre as diversas redes sociais seu péssimo estado de conservação.
Retomar a discussão adormecida desde 2008, quando da última reunião com diversos setores da sociedade sergipana.


Posições:
  1. Retomar a discussão adormecida desde 2008, quando da última reunião com diversos setores da sociedade sergipana.
  2. Conscientizar a sociedade e a prefeitura de Aracaju, sobre a importância histórica do prédio da alfândega para Sergipe.
  3. Que o MPF pressionando o IPHAN pelo tombamento do antigo prédio da Alfândega como patrimônio nacional
  4. Apresentação do projeto da prefeitura que transforma o prédio da antiga Alfândega em casa de cultura à sociedade Civil.
  5. Reformar imediata do prédio, pois o mesmo se encontra em péssimo estado.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Brasão de Sergipe

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasão_de_Sergipe
Data e hora de acesso: 08/04/2011 - 22:10h

Hino de Sergipe

Alegrai-vos, Sergipanos,
Eis que surge a mais bela aurora
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora

O dia brilhante,
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar

A bem de seus filhos todos,
Quis o Brasil se lembrar
Do seu imenso terreno
Em províncias separar.

Isto se fez, mas contudo
Tão cômodo não ficou,
Como por más consequências
Depois se verificou.

Cansado da dependência
Com a província maior,
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.

Alça a voz que o trono sobe,
Que ao Soberano excitou;
E, curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.

Eis, patrícios sergipanos,
Nossa dita singular,
Com doces e alegres cantos
Nós devemos festejar.

Mandemos porém ao longe
Essa espécie de rancor;
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.

A união mais constante
Nos deverá consagrar,
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.

Se vier danosa intriga,
Nossos lares habitar,
Desfeitos aos nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.

Letra por Manoel Joaquim de O. Campos
Melodia por Frei José de Santa Cecília

 
Fonte:http://pt.wikisource.org/wiki/Hino_do_estado_de_Sergipe
Data e hora acesso: 08/04/2011 - 22:00h

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fotos do documento de História de Sergipe


Acervo do PDPH - DHI/UFS

Transcrição de Documento da História de Sergipe


Copia 1853

De Lourenço José da Silva Santiago                                                                                       rec. interna
Chefe de Polícia – São Cristóvão                                                                                            Governo

Para – Ignácio Joaquim Barbosa
                São Cristóvão

Em – 05 de dezembro de 1953                                                                                                02fls.
                                                                                                                                             Cx. 8 vl. 44
N° 267= Illmo e Exmo Snr° = em cumprimento ao ofício de V. Ex° de 30 do mês findo sob n° 204, em que ordena-me Emetta uma informação circunstanciada sobre o estado das cadeiras da Provincia; cabe-me a informar que as Villas de Simão Dias, Própria, Capela, Rosário, Maroim, Socorro, Divina Pastora, Campos, Itabaianinha, Santa Lusia, Espírito Santo, e Porto da Folha, não tem cadeia, e apenas troncos nas casas que servem de quartel onde se prendem os criminosos que são capturados para serem logo remetidos para esta capital; a cidade de Laranjeiras também não tem cadeia, porem acha-se arruinada e precisa de reparo; a de Itabaiana arruinadissima; a de Lagarto inutilizada, bem como a da Cidade de Estancia; a da Capital é sofrível, posto que tem aquellas acomodações e divisões que o regulamento exige. É o que me cabe informa a V.Ex° acerca das prisões. Deus guarde felismente a V. Ex° - Secretario de policia de Sergipe 5 de dezembro de 1853 = Illmo e Exmo Snr Doutor Ignacio Joaquim Barbosa, presidente da Provincia = O Chefe de Policia Lourenço José da Silva Santiago.

                                               Conf°.
                                                               O secretario Antonio Augto. Silva