O antigo prédio da Alfândega, no Centro Histórico de Aracaju, vai se transformar em breve na primeira Casa da Cultura da cidade. O projeto básico, elaborado pela Prefeitura Municipal, está pronto e os recursos garantidos. A previsão é que a obra comece no segundo semestre deste ano.
A estrutura é tombada e por isso a edificação original, construída no século XIX, mais precisamente em 1856, será mantida. A proposta prevê a recuperação do prédio e a implantação de salas de teatro, cinema, áudio-visual, leitura, espaço multimídia, loja de suvenir e biblioteca. A Gerência do Patrimônio da União já garantiu a cessão do imóvel à Prefeitura de Aracaju.
O investimento estimado é de R$ 2 milhões. "O custo exato da obra só será definido depois que os projetos complementares, que incluem a parte elétrica e hidráulica, por exemplo, estiverem prontos", explica o secretário municipal de Planejamento, Dulcival Santana.
Metade desse valor será custeado pela Prefeitura e o restante dos recursos virá de um financiamento aprovado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O contrato está sendo analisado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Governo Federal e em seguida deverá ser encaminhado ao Senado para aprovação final.
Todo esse processo deve levar em média quatro meses. "Depois disso, o dinheiro será liberado. Queremos adiantar a conclusão dos projetos complementares e deixar a licitação encaminhada para que assim que estivermos com o dinheiro possamos iniciar a obra", antecipa Dulcival Santana.
Funcionamento
A Casa da Cultura deverá funcionar durante o dia e também à noite e aos fins de semana. No local, será possível a oferta de cursos e oficinas de artes, além da apresentação de grupos folclóricos, dança, teatro e cantores locais. A própria Prefeitura de Aracaju se encarregará da programação.
A intenção é criar um novo ponto de atração de turistas e oferecer à população local mais uma alternativa de lazer. A transformação da antiga Alfândega na Casa da Cultura também irá garantir a conservação do prédio, que, sendo um dos mais antigos da cidade, marca o início do processo de urbanização da capital sergipana.
Por não ter uso, a estrutura está bastante deteriorada. Ao longo de vários anos, o prédio foi alvo não só da ação do tempo, mas também de vândalos e arrombadores. "A Guarda Municipal tem que estar sempre de olho para evitar que levem janelas, telhas e outros materiais", conta o secretário de Planejamento.
Projeto
O projeto que prevê a transformação da antiga Alfândega na primeira Casa da Cultura da cidade está inserido em um projeto maior, voltado à modernização da cidade. Ao todo, serão investidos US$ 60,5 milhões, sendo metade fruto de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a outra parcela uma contrapartida da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).
Os recursos vão ser empregados em obras do Programa Procidades, com destaque para a abertura de uma grande avenida ligando o bairro Jardins ao conjunto Augusto Franco, passando pelo Inácio Barbosa; a construção de uma ponte sobre o rio Poxim e de um viaduto sobre a avenida Tancredo Neves; e melhorias infra-estruturais em bairros carentes da Zona Norte, como Getimana, Cidade Nova, Soledade e Olaria.
Fonte: Prefeitura de Aracaju
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